19 março 2008

God of War: Chains of Olympus

Distribuidor: Sony Programador: Sony Categoria: Ação/Aventura Data da Análise: 13/03/2008 Autor: Marcelo Faria - Outer Space Talvez não existam mais minotauros andando nas ruas porque Kratos matou todos eles em God of War. E o mesmo vale para harpias, górgonas, ciclopes e, principalmente, soldados gregos zumbis. Para quem nunca ouviu falar, Kratos é um anti-héroi espartano que foi amaldiçoado pelo deus grego da guerra, Ares, e se tornou uma máquina de matar em God of War I e II no Playstation 2. No PSP, o massacre da mitologia grega continua com God of War: Chains of Olympus. Pura diversão. And I used to be such a nice Guy Apesar de estrear em uma nova plataforma, e sob os auspícios da Ready at Dawn, uma produtora diferente, o novo God of War: Chains of Olympus não deve decepcionar quem gostou dos primeiros da série. O jogo segue com fidelidade extrema os fatores de sucesso que consagraram a franquia no PS2, e consegue divertir quase o mesmo tanto. A história de Chains of Olympus é basicamente um prólogo para a série principal de PS2 e acontece dez anos antes das aventuras de Kratos no PS2. Nessa época, o espartano já era um guerreiro sanguinário escravizado pelos deuses do Olímpio, mas é possível notar que o anti-herói ainda retinha alguns traços de sua humanidade. De forma geral, o God of War de PSP sai-se muito bem na tela pequena. A Ready at Dawn conseguiu adaptar a série com maestria no portátil, mimetizando cada detalhe dos jogos de PS2. Mas é claro, acaba que algo se perde na tradução, e no caso de Chains of Olympus, isso acontece com as variações de jogabilidade. Talvez na tentativa de deixar o jogo o mais imaculado possível, a Ready at Dawn não arriscou em criar algo utilizando as propriedades únicas do PSP, ou em fazer momentos em que a jogabilidade varie como acontecia em algumas cenas dos outros títulos da série. O jogo é um tanto quanto limitado nesse ponto, mantendo a jogabilidade de God of War do jeito mais básico possível. No começo, Kratos está defendendo a Ática de um ataque persa, e logo aí já é apresentada ao jogador toda a mecânica básica e jogabilidade de God of War, que é exatamente a mesma vista nos jogos de PS2: combate baseado em dois botões de ataque e um de agarramento, combos, algumas magias, puzzles simples, um sistema de experiência para evoluir as armas de Kratos e mini-games variados, que servem tanto para derrotar chefões e sub-chefes quanto para se envolver amorosamente com duas garotas simultaneamente. Algumas suaves variações na jogabilidade surgem no decorrer do jogo, mas nada que altere a fórmula básica de God of War. Esse primeiro capítulo, assim como as primeiras partes de God of War I e II, é apenas uma introdução que não tem fortes ligações com o enredo principal do jogo. A história que se desenvolve após a vitória de Kratos em Ática é um tanto mais profunda, envolvendo um seqüestro do deus Hélios, o titã Atlas e o Hades, um lugar por onde Kratos sempre costuma fazer uma visita. Além disso, contamos também com a presença da deusa Eos, que personifica o amanhecer na mitologia grega, e possivelmente é uma referência ao nome da produtora responsável pelo jogo. Nota-se aí um ponto positivo da série God of War: as histórias se destacam mesmo em um gênero que historicamente não depende dela para ser divertido. Felizmente, a Ready of Dawn se preocupou em criar um enredo que envolve os jogadores e serve bem como contexto para o massacre. Sete horas de diversão portátil A aventura de Kratos no PSP soma algo como sete horas de diversão. É um tempo curto se comparado aos demais jogos da série, mas provavelmente não seria possível algo maior com tanta qualidade gráfica visual e sonora, provavelmente as melhores já vistas na tela do PSP. Utilizando um sistema gráfico similar ao de Daxter, porém aprimorado, a Ready of Dawn consegue fazer com que a experiência visual de Chains of Olympus seja algo sem paralelo no PSP. Luz, sombra, texturas e animações, estão todos em um nível que não seria possível antes da atualização que mudou a velocidade do processador do PSP para os 333 Mhz. As cenas de corte de Chains of Olympus também não decepcionam. Existem algumas poucas que utilizam computação gráfica avançada, e são muito bonitas; outras são apenas arte conceitual com alguma animação, que também agradam. E também existem aquelas que utilizam os gráficos do próprio jogo, que são bem apropriadas na maior parte das vezes. Um ponto de convergência entre as cenas de corte e o jogo em si é a qualidade sonora. As ótimas dublagens de Kratos continuam presentes, assim como as de Atena e Gaia. Os efeitos sonoros estão bem adequados e a trilha sonora talvez esteja ainda melhor que os demais jogos da série. Do ponto de vista técnico, God of War de PSP é impecável.

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